segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Parcas e o Destino (Fates and the destiny)




Em sua morada olímpica, as Parcas (Moiras) fiam e tecem incansavelmente. São as três severas mensageiras do Destino.


Cloto fia o fluxo da existência humana: é ela quem dá a vida a cada um dos mortais.


Láquesis define a passagem dos homens por este mundo. Com gesto firme e expressão tranqüila, tece o ritmo das criaturas como se compusesse uma canção para animar o cosmo. Uma canção feita de glória e derrotas, de ódio e de amor.`


Átropos, a irremovível, marca a hora da morte: o momento definitivo de abandonar-se o corpo e tornar-se em sombra. A hora de descer ao Hades, onde as almas pagam suas culpas ou gozam seus prêmios. As Moiras comandam. Os homens obedecem.


Com seu olhar frio, as Moiras assistem à farsa efêmera da vida no palco da terra. Não têm coompaixão de ninguém. Nem dos fortes nem dos fracos. Nem dos homens, nem dos deuses.


Nem homens, nem os deuses podem ir além de suas próprias fronteiras, que são as fronteiras dadas pelas Parcas. Esta barreira constitui uma forma de moral comum, conjunto de valores que regem a vida dos indivíduos e das sociedades.


A Moira corresponde, portanto, a uma norma regulamentadora dentro do grande sistema cósmico, operando os princípios da moralidade. Cada homem e cada divindade têm sua posição dentro desse sistema. Mas, transgredidos os limites, nem deuses, nem homens escapam à fúria das Erínias. Desta forma, é a configuração moral da Moira e sua relação de equilíbrio com o conceito de vingança (ou punição) que sustenta o mito da Erínias.
Texto retirado do livro Mitologia da Editora Abril Cultural.



In his home, the Parcae (Fates) spin and weave tirelessly. Severe are the three messengers of Destiny.

Clotho (Nona) spins the flow of human existence: is she who gives life to each of mortals.

Lechesis (Decima) defines the passage of men inthis world. With firm gesture and calm expression, weaves the pace of creatures as to compose a song to cheer the cosmos. A song made of glory and defeats, of hate and love.

Atropos (Morta), the irremovable, marks the time of death: the definitive moment of abandoning the body and become in shadow. The time to falling to Hades, where the souls pay their guilt or enjoy your prizes. The Fates command. Men obey.

With their coldly looking, the Fates watching the ephemeral farce of life on the stage of the earth. They have no quarter to anyone. Neither the strong nor the weak. Neither men nor gods.

Neither men nor gods can go beyond their own borders, the boundaries that are given by the Parcae. This barrier is a form of moral, set of values that govern the lives of individuals and societies.

Therefore, the Fates corresponds to a regulatory norm inside the great cosmic system, operating principles of morality. Every man and divinity have their position within that system. But, transgressed the limits, nor gods nor men escape the wrath of the Furies. Thus, it's the moral configuration of Parcae and  their equilibrium relationship with the concept of revenge (or punishment) who sustains the myth of the Furies.




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